sábado, 25 de fevereiro de 2012

Jesus e os animais



"Amai-vos uns aos outros (...)"
Fonte: jesusveg.com


Evidências indicam que o milagre que veio a ser conhecido como a história dos pães e peixes, não incluía originalmente os peixes. Segundo alguns estudantes bíblicos, a palavra grega Fishweed (uma alga seca) foi mal traduzida depois para peixe, pois a “alga seca” era uma comida popular entre os camponeses palestinos (Fátima Borges/Greepet).


Na época de Jesus, o sacrifício de animais era uma desculpa para os seres humanos ingerirem carne, e Jesus contestou o sacrifício de animais a cada passo. Ele proibiu a venda de animais, para sacrifício e consumo, no templo, instituiu o batismo em lugar do sacrifício de animais e eliminou completamente o sacrifício de animais na Última Ceia - uma refeição vegetariana da Páscoa (Site Vegetarianismo).

Uma passagem famosa que lembra a filosofia de amor de Cristo é aquela em que Cristo chama os pescadores e estes, longe dos animais mortos, ouvem Cristo dizer: sejam “pescadores de homens”. Também suplicou que mostrassem misericórdia com todos os seres quando disse: “Eu desejo clemência, e não sacrifícios”.

Acredita-se que Jesus foi membro de um povo conhecido como Essênios, era um povo humilde, de grande conhecimento, que formava um grupo de Judeus que abandonaram as cidades e rumaram para o deserto, passando a viver às margens do Mar Morto. Foram uma das três principais seitas religiosas da Palestina (Saduceus, Fariseus e Essênios; Site Nova Era Alvorecer).

Um dos seus redutos era Nazaré e por isso eram conhecidos também por “os Nazarenos”, tal como Jesus, e seus membros vestiam-se de branco, fazendo uma vida simples, de isolamento, de entrega a Deus, e seguiam uma dieta estritamente vegetariana (Site Nova Era Alvorecer).

Existe mesmo um Manuscrito encontrado nos arquivos do Vaticano em 1923, pelo húngaro Edmond Szekely que obteve permissão para pesquisar os arquivos secretos à procura de livros que teriam influenciado Francisco de Assis, que confirmam este facto. De todas as raridades que Szekely viu, uma obra que lhe chamou a atenção foi o Evangelho Essênio da Paz. O livro teria sido escrito pelo apóstolo João e narrava passagens desconhecidas na Bíblia sobre a vida de Jesus Cristo (Site Nova Era Alvorecer).

Pensar em Cristo se fartando à mesa e comendo um pedaço de carne, é algo paradoxal ao amor que ele pregava, é o mesmo que pensar em Francisco de Assis comendo carne de animais e depois pregando o amor aos irmãos menores, como dizia.

Paulo Fernando, grande conhecedor da história de Francisco de Assis, questionado se este era vegetariano, responde:

                      “(...)pode-se afirmar que ao longo de sua vida, seu amor e compreensão das coisas de Deus, manifestadas na natureza como um todo, foram crescendo, se intensificando e se aprofundando de tal maneira que o ato de comer carne significaria a morte e o sofrimento de uma criatura de Deus, e isso contrariaria o sentimento de fraternidade universal que ele possuía. São Boaventura, biógrafo de Francisco, relata: “Ás vezes resgatava cordeiros levados ao matadouro, em lembrança do Cordeiro (Jesus Cristo)...” (Legenda Maior, cap. 08 – nº 06); Outro biógrafo, Tomás de Celano, relata: “... perto do porto do lago de Rieti, um pescador pegou um peixe muito grande, (...), e lhe deu de presente com devoção. Francisco recebeu com alegria e bondade, começou a chamá-lo de irmão e, colocando na água fora da barca, começou a abençoar devotamente o nome do Senhor. Enquanto rezava o peixe ficou brincando na água” (Tomás de Celano, Vida I – cap. 22, nº 66).”

Fabio Chaves, idealizador do site Vista-se, escreveu certa vez sobre sua visão em relação a Jesus e às atrocidades que acontecem no mundo de hoje:

                      “Jesus era conhecido como alguém que amava os animais, que não se permitia vê-los em cárcere; Se ele estivesse neste momento aqui, como humano, será que ficaria feliz ao dar uma volta num matadouro? Será que ele se calaria ao ouvir os gritos ensurdecedores dos animais sendo cortados? Molharia seus pés na piscina de sangue e entranhas e sairia falando que aquilo é certo? Um homem que pregou o amor e a mansidão com certeza não concordaria com o que fazemos hoje em dia em relação aos animais. Este homem não se sentaria numa churrascaria para comer corações, mas sim se levantaria para falar às pessoas do quão cegas elas estão. Eu acredito que Jesus, se aqui estivesse, seria um ativista em favor dos animais, humanos ou não.”

Essa é uma verdade: se todos os seres vivos foram criados pelas mãos de Deus, “o que fazemos a menor de suas criaturas, fazemos a Ele” (Site Vegetarianismo).

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